Ilustr.: Pierre Carrier-Belleuse |
Minha vigília é anfiteatro
que toda a vida cerca, de frente.
Não há passado nem há futuro.
Tudo que abarco se faz presente.
Se me perguntam pessoas, datas,
pequenas coisas gratas e ingrata,
cifras e marcos de quando e de onde,
- a minha fala tão bem responde
que todos crêem que estou na sala.
E ao meu sorriso vós me sorris…
Correspondência do paraíso
da nossa ausência
desconhecida
e tão feliz.
[Cecília Meireles]
Sem comentários :
Enviar um comentário