Ilustr.: Orlando Boffill Hernandez |
Reconheço o teu corpo, arquitectura
de terra ardente e lua inviolada,
flutuando sem limite na espessura
da noite cheirando a madrugada.
Acordaste na aurora, a boca rumorosa
de um desejo confuso de açucenas;
rosa aberta na brisa ou nas areias,
alta e branca, branca apenas,
e mar ao fundo, o mar das minhas veias.
Estás de pé na orla dos meus versos
ainda quente dos beijos que te dei;
tão jovem, e mais que jovem, sem mágoa
- como no tempo em que tinha medo
que tropeçasses numa gota de água.
[Eugénio de Andrade]
Sei que nada tenho a ver com esta publicação, mas continua a ser muito engraçado as coincidencias ... vê a capa que coloquei no face aí pelas 20h de hoje ... antes, não muito, mas antes de publicares este ... escolha diferente e em tudo igual. Também sei que, para cumprir o que transmiti não devia de andar aqui a ler as tuas coisas, mas ... vai com o tempo e demorando o tempo que for preciso. Nada quero, nem devo, forçar ... será com a sinceridade que me caracteriza.
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