Ilustr.: Jeremy Lipking |
'Um homem jamais morre, enquanto a sua existência for recordada'.
Você, sempre você
Um mar eufórico jorrou de repente
e transbordou sobre meu peito solitário
fez do meu leito um lago dormente
de meus pensamentos, sua doce voz ardente.
E cachoeiras rolavam em outrora cachoeiras de paixão,
promessas e saudade
o lago secou
não há mais cachoeira
agora somente seu nome,
na presente realidade,
somente felicidade, sobre o peito que não mais chora.
No peito ficou o pulsar do seu peito
na lembrança seu nome, seu jeito,
nas palavras um pouco de todo seu restante
nos olhos cicatriz de amor, sempre constante.
Cicatriz visível e pura que se infiltrou com candura
cicatriz que não sangra,
doendo cicatriz como eu... lhe querendo.
[Sandra Mara Herzer (1982), in 'A Queda para o Alto', p.198]
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