segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Projeção perfeita

Ilustr.: Genevieve Godbout
Amor, estranho amor, maneira de amar.
Como já disse uma vez o saudoso Pedro Bial: Não seja leviano, não ature gente de coração leviano.

Amor, amar, nada mais é que um ciclo, doloroso e, às vezes, até vicioso.
Às vezes, sentimos tanta coisa por uma pessoa, esperamos tanto dela, que nos decepcionamos tremendamente. O certo seria não esperar nada de ninguém, e se surpreender com cada ato, cada ato tão esperado ocultamente, guardado em nossas esperanças.

Só porque uma pessoa não gosta de você do jeito que você quer, não quer dizer que ela não goste de você de alguma forma, que ela não te ame de alguma maneira. Mas, o pior ato que o ser humano pode cometer, é despertar o amor em uma pessoa, se não vai correspondê-la, de nenhuma forma.

Não quero que este post, se transforme em nada meloso, nem 'romântico'.
Mas, brinque com o que você quiser, mexa no que bem entender, mas jamais, em hipótese alguma, fira os sentimentos de alguém, Não prometa nada além do que pode cumprir.

Nos ensinaram desde pequenos que um dia, na fila do banco, no trabalho, em algum lugar, alguém vai passar, algo vai mudar, seus olhos ficarão focalizados, a voz rouca, as pernas tremerão e pronto... é isso mesmo... tá amando, meu filho. ;)

Ninguém ao certo sabe, quando ou onde esse botão 'AMOR' é acionado no ser humano, o problema de tudo isso, não é o sentimento em si, e sim, as consequências. Tolos que somos, imaginamos a perfeição em pessoa...
linda, cheirosa, acorda bem, sem mau hálito, tem bom coração, educada, elegante e mais um milhão de qualidades.

Com o tempo, percebemos, que essa projeção perfeita, não passa disso... apenas uma projeção. Se houver amor de verdade, todas as dificuldades serão ultrapassadas, caso contrário...

Bom, os cientistas ainda não acharam a resposta, onde, quem, desliga e reinicia esse botão novamente.

[Kayque Meneguelli]

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